Quando me dizem que não há racismo em Portugal, eu olho de
imediato para a pessoa. Na maioria dos casos são homens “brancos”, mas também observo
algumas mulheres “brancas”. Em comum, têm a sua questão caucasiana em
evidência, porque são “portugueses de gema”. Deste universo, se perguntarmos se
há machismo em Portugal, também a maioria dirá que não, embora se note que essa
globalidade é composta quase em exclusivo por homens “brancos”. E se aos “sobrantes”,
perguntarmos se existe homofobia em Portugal, a resposta será também ela negativa,
sendo o universo desta vez composto maioritariamente por homens “brancos”
heterossexuais – e com “sorte” a resposta ainda terá acoplada com um comentário-tipo
“a mim não faz diferença, desde que não se metam comigo” ou “cada um leva onde
quiser”.
Sendo eu um homem “branco” (sou mais amarelo, mas pronto),
tenho alguma dificuldade em dizer que não há racismo em Portugal, porque ninguém
me discriminou pela minha “cor”. Também acho complicado dizer, que não há
machismo por cá, porque nunca fui preterido em nada por ser mulher. Agora, se
me perguntarem se há homofobia em Portugal, não tenho a menor dúvida que há.
Pode ser não numa escala absolutamente aterradora, mas ela existe. Ela está cá,
às vezes em pequenas doses, que passam dissimuladas, mas está. Recordo-me
perfeitamente, de uma vez que fui a uma consulta, sentir uma mudança de postura
no médico, quando a meio da conversa revelei que era gay (porque ele perguntou,
e não, ele não me estava a tocar, nem eu estava em roupa interior, nem sequer
havia interesse no que quer que fosse, a não ser clínico). Senti um distanciamento
abrupto, um olhar estranho e uma “tirada” sobre “vossa comunidade”. A “minha
comunidade”. Não sabia que fazia parte de uma “comunidade” até então, e tudo por
causa de uma orientação sexual.
Portanto, é fácil
dizermos que “não há”, quando não estamos dentro dos grupos-alvo da discriminação.
Como em tudo, temos que saber calçar os sapatos dos outros, sentir as dores dos
outros, para tentar perceber as coisas. Para perceber o mundo. Porque não é
razoável alguém perder a vida porque é diferente, ou porque não se sabe ver
além do óbvio. *
*E tudo "isto", por causa da revolta da população no Minesota
(Estados Unidos da América), considerando o sufocamento de uma pessoa no
passeio, pela polícia.
De facto se vires um branco a fugir, vai apanhar bus, que está atrasado. Se vires um negro a fugir é porque roubou algo, o mesmo se passa em França com os muçulmanos. Por cá os Brasileiros sejam brancos ou pretos são vigaristas e as brasileiras são putas. Se forem na Europa de Leste são Máfia e putas escravizadas lolololol Não acredito que acha aquele racismo que existe nos países muçulmanos em relação aos cristãos.. Em alguns países mete medo...
ResponderEliminarO Machismo existe e o feminismo também, mas incoberto. Se uma gaja te der uma chapada, ai de ti que retribuas.. lololol Vais preso ou passas por parvo lolololol
Quanto à Homofobia, tens os ciganos a darem porrada nos gays mas dizemos que são homens brancos lolololololol
mera opinião minha rapaz
Abraço
Há de tudo um pouco, mas a verdade é que vivemos todos de estereótipos.
EliminarTanto aí como aqui as coisas fluem da mesma forma.
ResponderEliminarSomos humanos e temos muitos sentimentos semelhantes. Por vezes, errados.
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