Muitas vezes as pessoas confundem preocupação e dedicação,
com o facto de ter alguém “na mão”. Confundem presença, com disponibilidade imediata
ou apenas quando lhes apetece (ou interessa). Muitas vezes, as pessoas acham
que podem pôr e dispor dos outros, porque estão acima numa qualquer pirâmide
social (que elas próprias criaram), e, portanto, existe uma qualquer obrigação.
E isto também se replica no “universo gay”. Talvez com mais força. Talvez com
mais intensidade e menos pudor. Porque há quem diga que homens há muitos. Mas a
vida, meus amigos, não é só engate ou frivolidades tacanhas. Nem desaparecimentos de anos, que passam incólumes só porque alguém diz "olá, como estás, há quanto tempo".
Os “gajos” consideram que quando um tipo se preocupa, que
podem fazer o que quiserem com ele. Têm quase a certeza que deixar um homem em “lume
brando”, para uma qualquer eventualidade futura, lhes garante sempre um plano
de fuga certeiro, para quando qualquer coisa correr mal. Seja a nível sentimental,
profissional ou social. Mas não é bem assim. Aliás, não é nada assim, porque se
no mínimo dos mínimos, deixa crescer uma "desilusão’zinha" passageira, no máximo,
cria uma indiferença tão profunda, que quem paga as “favas” são as outras
pessoas que nada têm a ver com o assunto. Intervenientes que podiam fazer a
diferença na vida de alguém, mas que passam totalmente despercebidos a quem devia
estar desperto. É uma responsabilidade muito grande interagir com alguém. Podemos
ser culpados de mudar uma pessoa (para pior). E para isso, já bastam as vezes
que o fazemos de forma inconsciente.
Não devemos ter nada como garantido. E não devemos exigir
nada (porque as coisas ou se dão desinteressadamente, ou não têm valor), mas
também não devemos perpetuar a ingratidão. Não podemos ficar no limbo, ou junto
de alguém que não nos considera o suficiente na sua vida, para a partilhar
connosco. E escrevo isto, não num sentido estrito da relação amorosa “um-a-um”,
mas num sentido lato da nossa rede de laços familiares e de amizade. Ninguém
merece ser uma alternativa, ou actor secundário de uma peça realizada em cima do
joelho. Há que ser ponderado em tudo. E nunca esquecer que não devemos
confundir o bem-querer do outro, como um livre-trânsito para abusar de uma
pessoa, ou pior, brincar com os seus valores ou diminuir a sua forma de pensar.
De ser. De existir.
Gostei, por isso, para mim passado é nos museus eheheheh
ResponderEliminarAHAHAHAHA
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